7.03.2009

A U T O T É L I C O – U m q u a s e f i l m e
Por Ío – Munir Klamt e Laura Cattani


Eu preciso pensar em areia. Como em um deserto. Mas um deserto que pareça falso, construído. Quase um cenário. Pensar cuidadosamente em cada detalhe. Em coisas concretas e simples. O calor, meu pé afundando na areia, a sede, o céu azul e liso. Como se eu estivesse me lembrando. E fosse, gradualmente, cada vez mais sólido e verdadeiro. E estivesse acontecendo outra vez. Monotonamente. O sol quase não ilumina mais. Eu sinto o meu suor, e penso cada vez mais rápido. Agora, parece absolutamente irrelevante o lugar para onde estou indo, apesar de que minha chegada trará, me dizem, conseqüências definitivas. Durante este tempo preciso apenas ficar pensando, pensando em coisas sem importância. Em ondas, folhas secas, formigas, no rosto de outra pessoa, em caixas de madeira e animais escuros. Automaticamente, como uma estratégia. Como se alguém pensasse em meu lugar. Enquanto isto eu espero à margem, atento, observando sem palavras ou julgamento, sem imagens. Escondido, atrás do pensamento de outra pessoa.

Formado pelo casal de artistas Laura Cattani e Munir Klamt, o grupo artístico de arte multimídia Ío vem atuando no desenvolvimento de propostas artísticas inovadoras, através do seu núcleo de criações, experimentações e pesquisas artísticas, buscando promover diálogo e integração entre diversas formas de expressão.

Montagem em processo (aberta à visitação): de 09 a 13 de julho de 2009
Vernissage: 14 de julho de 2009 – 19h
Visitação: até 31 de julho, de segunda a sexta (exceto feriados), das 08h as 17h30min

6.25.2009

H Y S T É R A
Encontro com as artistas é nesta sexta, 26/06, a partir das 19h, na Galeria do DMAE


A exposição Hystéra apresenta Alessandra Pohlmann, Aline Daka, Ana Carolina Becker, Fernanda Kieling e Lílian Santos Gomes, oriundas do Instituto de Artes da UFRGS. Fotografias, desenhos, livros de artista, esculturas-cerâmicas e instalações manifestam esteticamente linguagens do corpo e dos códigos humanos, dos seus objetos de identificação e dos lugares por onde passa e habita.

A proposta versa sobre as marcas do gênero feminino na arte. Propõe expor com expressão e sensibilidade reflexões sobre os caminhos do humano e da arte contemporânea. Hystéra, palavra grega que significa útero, é metáfora para fonte de idéias, potencial criador ou germe da reprodução e multiplicidade na linguagem artística. O tema da histeria faz um jogo de espelhos entre as relações dos fenômenos individuais, de gênero e culturais. Remete à origem de tudo.

A razão se sensibiliza ao deixar o séc. XX para trás. A arte contemporânea é livre para debruçar-se sobre um passado disponível, berço do que somos hoje e das inúmeras possibilidades artísticas. Na tentativa de aproximar a arte da vida, mas sem dogmatizá-las, como artistas, nós procuramos insistentemente a significação em cada uma delas. Está apresentada uma arte de encontros.

Visitação até 01 de julho, das 08h às 17h30min, de segunda à sexta (exceto feriados)

3.11.2009

HIPERCICLO

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