8.29.2011



Exposição 1ª Pessoa: Pessoas 

Exposição organizada pelo Atelier de Arte Plano B, com a participação de 21 artistas, que revelam em suas obras alguns de seus “eus, tu, eles”.
Artistas: Adriana Daccache, Alexandra Eckert, Ana Bettini, Ana Chassot Ledur, Camila Schenkel, Clara Figueira, Dânia Moreira, Giana Kummer, Karine Perez, Kátia Costa, Luci Sgorla, Mara Radé, Marcelo Armani, Maria Eunice Araújo, Miriam Gomes, Rodrigo Mello, Rosana Morais, Silvia Giordani, Tereza Mello, Vitor Mesquita e Walter Karwatzki.

Abertura: dia 06 de setembro, 19h
Visitação: 08 de setembro até 05 de outubro.
De segunda a sexta (exceto feriados), das 8h às 17h e 30min.
Local: Na Galeria de Arte do DMAE
AV. 24 de Outubro, 200. Porto Alegre – RS.
Estacionamento do DMAE
pela Rua Fernando Gomes
Entrada franca

Contatos:
(51) 8448.4895
contato@atelierplanob.com.br
www.atelierplanob.com.br
(51) 3289.9722
galeriadearte@dmae.prefpoa.com.br
www.damegaleriadearte.blogspot.com

Organização e Produção: Atelier de Arte Plano B
Apoio:Pubblicato Designe Editorial, Mais Umas Coisas, SulFotos, Jornal Fala Brasil, Moldura Santos, TVE e FM Cultura, Chico Lisboa, ACERGS e, Koralle.
Patrocínio: Severas e Parmíssimo.
Realização: Galeria de Arte do DMAE/Prefeitura de Porto Alegre.


1ª PESSOA: PESSOAS

Por Sidnei Schneider


                O verbo ser não existe em algumas línguas. Para os seus falantes a ideia de “eu sou” é estranha. O que seria a identidade, então? O relativo ao que em nós é estanque ou ao que se constrói ao longo da vida? Compartilhamento da cultura grupal, que em grande parte a define? Algo perceptível somente em relação ao outro, ao que é diferente de mim? Um espelho que nos conhece e que desconhecemos?

                A palavra pessoa, derivada do latim persona, aludia à máscara através da qual a voz do ator soava. No nascedouro, portanto, referia-se a um personagem, distinto do eu. O poeta Arthur Rimbaud disse-o de modo contundente: “Eu é um outro”. O eu constituindo-se através das identificações e dos significantes que vem do outro, segundo a psicanálise.

                A contradição interna originou a ideia do duplo, com Dr. Jekyll e Mr. Hyde, de Stevenson, os dois William Wilson, de Poe, Borges e eu, do próprio. Mário de Andrade foi além: “Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta”. Walt Whitman pretendeu incorporar a todos num paradoxal Canto a mim mesmo: “Eu me contradigo?/ Muito bem, eu me contradigo,/ (Eu sou amplo, abrigo multidões)”.

                Constituímo-nos de relações desde que começamos a escorregar por um túnel de úteros há milhões de anos: “quem não tenha necessidade dos outros homens... se não é deus, é um animal”, apontou Aristóteles. Ideias ou vontades nos definem menos do que atos. Para o artista, a ação mais importante está na arte que produz. É o que vinte e uma pessoas, para além da reunião das suas individualidades, oferecem aqui.


6.15.2011



Exposição do Grupo de Estudos e Prática em Fotografia da Unisinos 2011

Coquetel de abertura
16/06 – 19h
Galeria do DMAE

Rua 24 de outubro, 200
Moinhos de Vento
Porto Alegre – RS –Brasil
Fone: (51) 3289 9722
galeriadearte@dmae.prefpoa.com.br

Visitação:
17/06 a 15/07
segunda à sexta-feira (exceto feriados)
8h às 17h30min

Fotógrafos: André Ávila, Anna Paula Arruda, Cris Aldreyn, Eduarda Nedel, Fernanda Wagner, Germano de Oliveira, João Gabriel de Queiroz, Leonardo Savaris e Maurício Montano.

Curadoria: Bruno Gularte Barreto

O Grupo de Estudos e Prática em Fotografia da Unisinos retoma suas atividades em 2011 sob a coordenação do fotógrafo e professor Bruno Gularte Barreto. Após um hiato de alguns anos, recriamos este grupo que foi o berço fotográfico de tantos excelentes artistas e mostras. Agora sob nova coordenação, estamos criando espaço para toda uma nova geração de jovens e talentosíssimos fotógrafos.
O grupo de Foto da Unisinos é reconhecido por ser um ambiente de troca e produção fotográfica de excelência técnica e conceitual que deu origem à formação artística de diversos fotógrafos hoje atuantes no meio artístico, bem como pela realização de grandes exposições em espaços de renome no estado.

Em 2011 retomamos as atividades a todo vapor. O trabalho dos novos integrantes do grupo pode ser conferido de 17/06 a 15/07 em uma exposição coletiva na Galeria do DMAE (Rua 24 de outubro, 200). Acreditamos firmemente na riqueza da diversidade. Nossos fotógrafos transitam com segurança e maestria técnica entre os diversos usos da fotografia como meio de expressão artística. Na exposição serão apresentados trabalhos que vão desde o clássico registro documental preto e branco à fotografia conceitual, do rigor da fotografia de arquitetura à incorporação do acaso no fazer fotográfico em trabalhos de dupla exposição.  Sempre primando tanto pelo conteúdo quanto pelo processo, afirmando o fazer fotográfico como experiência transformadora e viva.

Com a palavra os artistas, em uma breve descrição de cada trabalho apresentado:

Quanto vale o quilo
André Ávila

A série mostra a relação de valor entre produtos e os seus pesos. Quantas coisas consumimos, compramos ou, ainda, jogamos fora e não percebemos quanto vale cada grama daquele peso?
A idéia é mostrar, em diferentes situações, como essa relação de valor é distinta. A mesma forma de medir aparece diferente  em cada produto que colocamos na balança.

O Tudo é Uma Coisa Só
Anna Paula Arruda

A diversidade move o mundo, foi pensando nisso que saí às ruas de Porto Alegre a fim de buscar um momento único no dia de alguns cidadãos. Usando uma máscara, eles seguiriam sua rotina normalmente. Desde o fruteiro até a menininha que estava indo para o colégio,  naquele momento eram, de alguma forma, a mesma pessoa. Todos iguais e ao mesmo tempo diferentes na individualidade de cada expressão por trás da máscara.

Essa lente entre nós
Cris Aldreyn

Essa lente que tomo em minhas mãos pra revelar à meia luz o que as meias palavras ainda escondem.
Lente olho, lente pele, entra na pele. 
Que antes fique entre nós a minha lente, a tomar meu lugar se fazendo amante, que a lente alheia julgando sem ver. 

Duplacidade
Eduarda Nedel

Com o objetivo de me encontrar na transição da minha vida, mesmo que menos visível, mas cada vez mais sentida, estou escrevendo com luzes coloridas em um plástico cheio de prata.
As diferentes paisagens do caminho que vejo pela janela refletem a mudança diária de passagem do interior à capital e do que eu sou. Busco me encontrar entre essas duas realidades, esses dois mundos, essas duas exposições.

Lugares (In)comuns
Leonardo Savaris

A idéia inicial é retratar lugares comuns, despercebidos pela maioria das pessoas, que passam apressadas, absorvidas pela correria do dia-a-dia e alheias à vida das coisas simples e corriqueiras. Paisagens inusitadas são retratadas. Lugares incomuns podem ser locais reconhecidos pelas suas e características únicas; ou podem ser locais inusitados, destacados por sua (des)ordem, pelo ângulo em que são captados ou pela originalidade da construção de seu espaço. Ao comparar duas fotos, no entanto,  seus pontos em comum e seus aspectos divergentes ficam expostos. Força-se o observador a comparar, a encontrar pontos (in)comuns.

A Imersão no Abandono
Fernanda Wagner

Os lugares em que entramos nunca estão vazios. Os móveis que estiveram lá, as pessoas que partiram e os sons que já não mais ouvimos, todos deixam marcas no tempo e no espaço que sentimos ao invadir um lugar que não é nosso e não é mais de ninguém. Ele vive no nosso imaginário. Tomei essa casa como a minha própria e lhe convido a fazer o mesmo.

Intimidade Compartilhada
João Gabriel de Queiroz

Expor a intimidade do banho, mas nunca de uma maneira crua. Queria que as imagens fossem amplas, com nuances interpretativas e com áreas de informações não-finalizadas (incorporando a luz difusa proporcionada pelo vapor).
Apresento neste trabalho três momentos de compartilhamento de intimidade. O primeiro no ato de fotografar, quando eu entro no banho junto aos dois. O segundo na disposição das imagens, a união dos dois se dá na exposição. E o terceiro no acesso do público a essas imagens.

Nódoas
Germano de Oliveira

O que não se percebe?
O que se deve perceber?
O que é, o que não é, e o que pode ser.

O desejo indiscreto de imaginar o que habitaria os cantos escuros.

Laila
Mauricio Montano

Encontrei Laila Iglesias no centro, travestida, cantando e representando em um momento de intimidade com a rua. O ensaio mostra um fragmento da vida dela onde não houve situação forjada, mas sim um momento que se construiu, inesperado, com a aparição do fotógrafo. Laila é uma das representações da personalidade de Cigano, morador de rua de Porto Alegre, agora ela existe também em registro fotográfico que ele expõe na calçada junto com seus desenhos.

5.09.2011



MEMÓRIA SUSPENSA
Por Fabiano Gummo, Lucas Moreira, Marcelo Armani e Marco Silva

          Pensamos que a morte é um vácuo vazio imaterial sem dimensão nem forma, ela pode também ser a imensidão da vida dinâmica que é uma continuação do mundo-agora. Entretanto, precisamos aprender a acordar dentro do sonho. Precisamos lembrar.
          Memória Suspensa é sobre o último minuto. É sobre o local onde a mente estará quando encarar o esvaziamento. É uma metáfora total para a vida que arrasta a morte no corpo. É, além disso, sobre a incerteza de um futuro ausente.
          A exposição pretende que esta percepção seja aberta e não fechada. De certa maneira, no fim, as memórias de nossas vidas se tornarão a nossa própria vida. Ou seja, aquela criança de olhos negros brilhantes e perdidos, o corte na mão, o céu (cuja intenção era ficar lá parado e enorme), a fumaça cinza, o frio que liberta e o pálido crepúsculo dos dias, SÃO a nossa vida.
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          Tentacle Ensemble Collective (TEC) é um projeto estético-comportamental polissêmico concebido por Fabiano Gummo, Lucas Moreira, Marcelo Armani e Marco Silva. O grupo se formou em 2009 e desenvolve trabalhos em diferentes campos significativos, como música experimental, arte conceitual, body art e video-arte. Desde o início, a contestação social, o questionamento estético e a violação das convenções racionais, são temas centrais nos processos de criação do TEC.
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O que: Exposição “Memória Suspensa”

Quando:
Abertura: 10 de maio de 2011 – 19h
Vistiação: 11 de maio a 08 de junho de 2011
                 Segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 08h as 17h30min
                 Entrada franca

Onde: Galeria de Arte do Dmae - Rua 24 de Outubro, 200 – Porto Alegre/RS

Contatos:
(51) 3289 9722

3.25.2011

 
Corpo a Dentro
Inói Varela

Inaugura dia 29 de março, terça-feira, às 19h, na Galeria de Arte do DMAE a exposição individual “Corpo a Dentro” de Inói Varela.
Em sua primeira mostra individual, Inói apresenta vinte e cinco litografias de médios e grandes formatos, onde trabalha com módulos e repetições, seccionando, recortando e remontando uma mesma imagem para produzir novas representações.
Motivada pelas formas internas, muitas vezes microscópicas ou contornos do corpo humano, Inói Varela trabalha volumes, luzes e sombras, porém o resultado é inusitado. Aquela imagem de corpo se dilui, assumindo outras conotações: Ao observarmos suas gravuras, vemos micro paisagens, formas orgânicas e organizações de imagens que podem nos remeter a seres marinhos ou paisagens lunares.
Inói dedica-se às diferentes linguagens gráficas em seu atelier particular em Porto Alegre, e na Oficina de Litografia do Atelier Livre da Prefeitura.

Contato:
Fones: 8223 6686/ 3263 4120