12.30.2008

“Os gigantes” Exposição é prorrogada até 15 de janeiro


A exposição “Os gigantes”, de Vitor Butkus e Lúcia Inácio, tem seu período de visitação estendido até o dia 15 de janeiro de 2009. Em cartaz na Galeria do DMAE, esta mostra apresenta doze fotografias, ampliadas em grandes formatos, e dispostas no chão. Ao planejarem a exposição, que é o primeiro resultado de um processo desenvolvido desde 2007, os artistas enfatizaram a relação das fotografias com a arquitetura do local. O contraste entre grandezas tem sido um fator decisivo desde as tomadas das imagens, que foram feitas desde os prédios localizados ao redor da Praça XV, no centro de Porto Alegre. É a partir desses grandes edifícios que Vitor e Lúcia se posicionaram para retratar um pouco da complexidade do que se passa lá embaixo.
Local estratégico para a circulação diária de milhares de pessoas, a Praça XV também abriga a maior concentração de comerciantes informais da capital gaúcha. O deslocamento dos camelôs da Praça XV para o Centro Popular de Compras está programado para acontecer ainda em janeiro de 2009. O fato de lidarem com imagens que compõem a memória recente da cidade onde nasceram motivou os artistas na concepção de uma abordagem poética da situação. Levando em conta a peculiaridade do local da exposição, a dupla de artistas optou por conduzir os espectadores das fotos a abismos semelhantes àqueles experimentados no próprio ato fotográfico. As sensações de vertigem e assombro, frente à beleza precária, construída diariamente pela aglomeração de barracas, têm sido escutadas pelos dois artistas, que, de passagem pela mostra, costumam prestar atenção às reações do público.
“Os gigantes” é o primeiro resultado de um processo continuado de pesquisa, interessado em ampliar as discussões a respeito da construção do imaginário urbano. O projeto se situa a meio caminho entre uma proposta documental e um laboratório poético. A cidade, com seus fluxos, suas memórias e suas arquiteturas improvisadas, é a principal fonte de indagações e perplexidades a influir na trajetória da dupla.

12.05.2008

Os Gigantes

Exposição de Vitor Butkus e Lúcia Inácio


Abre para visitação a exposição intitulada “Os gigantes”, dos artistas Vitor Butkus e Lúcia Inácio, na Galeria do DMAE. A mostra é o primeiro resultado de um processo fotográfico iniciado há um ano pelos dois artistas porto-alegrenses, tendo como foco a ocupação da Praça 15 de Novembro, no centro da cidade, por comerciantes informais. As doze fotografias expostas na galeria foram feitas desde os terraços dos prédios que rodeiam a praça e seu largo. Lugar de passagem diária para milhares de porto-alegrenses, é ali que se instala, há anos, a maior concentração de camelôs na cidade. O aglomerado de bancas forma uma engenharia precária, que é retratada em suas diferentes configurações, no decorrer das sucessivas estações do ano, e também em diversos horários e dias da semana. O espectador tem a chance de acompanhar as variações do enorme conjunto de barracas, graças ao ponto de vista escolhido pelos fotógrafos. O primeiro resultado do processo ressalta o contraste entre a arquitetura informal, improvisada pelos camelôs, e os altos edifícios circundantes. As fotografias receberam grandes ampliações, e estão dispostas no chão da galeria. A idéia é oferecer ao público a experiência de olhar para uma parte da história recente da cidade, tendo em vista o momento de transição pelo qual a área focalizada vem passando, com o deslocamento dos comerciantes para o Centro Popular de Compras. A exposição propõe, assim, um diálogo entre a arte e a história local, colocando em questão as fronteiras entre a fotografia documental e a fotografia artística.

Sobre os artistas:
Vitor Butkus é artista visual, nascido em Porto Alegre, em 1983. Já participou de diversas exposições coletivas, em cidades como Porto Alegre, Vitória, Joinville e Montenegro. Em 2007, foi um dos dois artistas gaúchos selecionados para o Salão dos Novos, em Joinville.
Lúcia Inácio é psicóloga social. Faz sua estréia nas artes visuais, nesse projeto desenvolvido em parceria com Vitor Butkus.
Ambos fazem parte do grupo de pesquisa transdisciplinar “Corpo, Arte e Clínica”, coordenado pela Dra. Tânia Mara Galli Fonseca, da UFRGS.

Período de visitação: 09.12.08 a 02.01.09
De segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 8h às 17h30min.
Vernissage: 16.12.08, às 19h

Contato:
Vitor Butkus
Telefone: (51) 9739 7161
E-mail: vitorag@uol.com.br

11.10.2008

"Edição Limitada"

Exposição de gravuras de Paulo Nazareth

As gravuras de “Edição Limitada” remetem ao universo da reprodução, da cópia e de tudo que se relaciona à difusão da imagem, como por exemplo o desgaste do tempo e o desejo de preservação. Através dos seus trabalhos o artista propõe um deslocamento de conceitos que transforma objetos, textos e outros achados comuns em obras de arte, promovendo um diálogo entre espaço e tempo comuns com o espaço e o tempo da arte. Com trabalhos que extrapolam os limites da galeria, apresentando objetos que não se encontram no espaço expositivo, mas nele são sugeridos, Paulo Nazareth propõe também o deslocamento do espectador, que diante da obra é levado para lugares onde o pensamento e do devaneio operam.

Paulo Nazareth é mineiro de Governador Valadares, nascido em 1977. Formou-se Bacharel em Gravura e Desenho pela Escola de Belas Artes (EBA) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pela qual licenciou-se também em desenho e plástica. Tem formação complementar em Lingüística pela Faculdade de Letras da UFMG. Foi selecionado para o Rumos Itaú Cultural 2005/2006 e esteve na Índia em 2006 como Artista Residente da International Artist Residence KHOJ. Entre as exposições realizadas, destacam-se: a coletiva “Bêbados e Equilibristas”, galeria da EBA/UFMG (2005); Performance Artist Residence, Studios KHOJ, Índia (2006) e intervenções Kaza Vazia Galeria de Arte Itinerante – Edição BH (2005, 2006 e 2007).


Visitação:
11 de novembro a 03 de dezembro de segunda à sexta-feira, das 08h as 17h30min
Abertura: 11 de novembro de 2008 às 19h

http://artecontemporanealtda.blogspot.com/

9.02.2008

“29°57’S, 50°06’W - expandindo a pintura de um lugar”.

Individual de Dânia Moreira

A exposição ‘29°57’S, 50°06’W - expandindo a pintura de um lugar', da artista plástica Dânia Moreira, abre no próximo dia 11 de setembro na Galeria de Arte do DMAE.
A artista, graduada em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UFRGS, é arquiteta e mestre em Arquitetura (PROPAR-UFRGS), atuando como professora substituta do Dep. de Design e Expressão Gráfica da FAU-UFRGS. Sua pesquisa em arte se desenvolve a partir da pintura, considerada como uma forma de produção de imagem, e das suas possibilidades de expansão, dialogando com outros meios. Em seu trabalho explora a questão dos lugares - espaços vividos, que só têm sentido por serem de alguém - considerados sob três pontos de vista: o lugar real, de referência, identificado pelas coordenadas, de onde são extraídos os registros e explorados os significados; o lugar representado – reapresentado, como uma dimensão de realidade a desvendar (diante da impossibilidade da presença); e o lugar criado na montagem, pela presença da obra no espaço expositivo gerando uma nova experiência de lugar.

visitação: de 11 de setembro a 03 de outubro de 2008.
de seg a sex das 8h às 17:30min
coquetel de abertura: 15 de setembro, segunda-feira às 19h

8.29.2008

Coquetel de Encerramento da Exposição

Princípios de Risco - ação #2 - Público
28 de agosto a partir das 19h.

A ação do grupo Princípios de Risco que pôde ser acompanhada nos muros da 24 de outubro, de 12 a 27 de agosto, pode ser conferida a partir de hoje nos espaços internos da Galeria de Arte do DMAE até o dia 03 de setembro de 2008.
Princípios de Risco é formado por 4 artistas que correm o risco dos processos híbridos presentes na arte contemporânea. Suas ações se propõem a pensar a intervenção conjunta tendo como meio expressivo o desenho, presente de diversas formas em cada trajetória, procurando o desvio em proposições de ações que desafiem o corriqueiro. Correm o risco da proposta aberta, aceitando a insegurança de seguir um caminho que só se firma ao ser percorrido.

8.18.2008

Ações Noturnas

De Princípios de Risco pelo papel ou pelo mouse, o grupo de artistas correu o risco de não ver mais o trabalho há pouco instalado nos muros da 24 de outubro. Em vez de haver um diálogo com intervenções diretas como pretendia o grupo, o trabalho foi simplesmente retirado. Ficamos apenas com os registros das
intervenções temporárias de Sandro
Ka que duraram menos de 24 horas.

8.08.2008

Princípios de Risco
ação #2 - Público


Esta é a segunda ação do grupo Princípios de Risco, que será realizada na Galeria
de Arte do DMAE entre 12 de agosto e 03 de setembro de 2008. A primeira intervenção foi feita dentro da programação Bienal B em 2007, no Arquivo Público de Porto Alegre, onde os artistas trabalharam com desenhos (auto-retratos) e projeção de vídeo.

O grupo, formado pelos artistas Adauany Zimovski, Gabriel Netto, Sandro Ka e Vinicius Stein, pretende trabalhar sobre quatro painéis em compensado instalados nos muros do DMAE, voltados para a Rua 24 de Outubro, dialogando dessa forma com as intervenções abertas da rua, como colagem de cartazes, pichações, grafitti, mau tempo, etc. Durante este processo, a partir do dia 18 de agosto, a galeria será usada como espaço de registro, com fotos, vídeos e textos sobre a ação externa.

Ao final, os painéis serão deslocados para a parte interna da galeria, onde o público terá mais alguns dias pra visitar a mostra. A montagem será apresentada junto ao coquetel de encerramento no dia 28 de Agosto, às 19h.

A ação também pode ser acompanhada através do endereço: http://principiosderisco.blogspot.com/

Visitação: de 12 de Agosto a 03 de Setembro de 2008
de segunda a sexta das 8h às 17h30min
Período de trabalho: de 12 a 27 de Agosto de 2008
Coquetel de Encerramento: 28 de Agosto às 19h

7.27.2008

Prorrogada Exposição Despojos
de Rodrigo Lourenço

A mostra continua até 15 de Agosto
Entre 10 e 23 de julho,
o espaço expositivo da Galeria
foi transformado em
um atelier aberto de gravura.
Os visitantes puderam conhecer e
participar de todas as etapas de elaboração
da proposta do artista. Lourenço, que procura
discutir as relações entre obra, público e espaço
arquitetônico, opta pelo uso de corpos
de galinha em substituição aos
materiais tradicionalmente utilizados como
matriz de impressão. Desta experiência
de diálogo surge na galeria um labirinto formado por
dezenas de monotipias. Segundo o artista: "É precisamente
nessa retro-alimentação, onde obra, artista e público se carregam
de sentido e significado, que se revelam os pontos de discussão da minha pesquisa: massificação, passividade e violência".
registros do processo: http://rodrigolourenco.wordpress.com/





foto: Juliana lima

7.07.2008

Exposição DESPOJOS



Despojos, individual de Rodrigo Lourenço, se apresenta por meio de uma instalação construída com monotipias, onde o elemento mais evidente é o uso de corpos de galinhas como matrizes. O artista irá trabalhar as monotipias necessárias para a construção da obra, em um atelier de impressão instalado na própria galeria. Todo o processo estará aberto à livre participação do público, que poderá acompanhar as etapas dessa construção. O "atelier aberto", que pode ser caracterizado como uma breve residência, será registrado em vídeo e fotografia sendo apresentado durante o tempo restante da exposição.

"Na monotipia identifico características que
me permitem um passeio pelo
limiar da pintura, da gravura e do desenho,

é nesse livre e imprevisível
trânsito que procuro desenvolver

a poética em meu trabalho -
a reflexão
sobre os limites

das relações entre o lugar,
a obra e o público
"...
Rodrigo Lourenço


Visitação: de 10 de julho a 15 de Agosto de 2008
Atelier aberto: de 10 a 23 de julho
vernissage: 24 de julho, quinta-feira às 19h.

6.24.2008

Encontro com os artistas da exposição CASA/CORPO
Dia 26 de junho, quinta-feira a partir das 19h.

As simbologias da casa engendram uma poética instigante em torno do corpo e têm sido uma constante na produção da arte contemporânea. Seja através de elementos imprescindíveis em um lar, seja pelo aspecto da arquitetura interna e externa, a casa sempre repercute a dimensão humana em seus contextos político-sociais e assim, conseqüentemente reflete o próprio corpo. Porém, não mais limitado em si mesmo. Dentro dessa poética, os artistas convidam o público para um bate-papo sobre a exposição CASA/CORPO e seus processos individuais.

Os artistas e suas obras...


Klinger Carvalho utiliza móveis na construção de esculturas de grandes dimensões. Agregados em blocos e cercados por grades metálicas, esses móveis reforçam a idéia de inacessibilidade do corpo, tanto em relação à conjuntura interna quanto à externa da casa, suscitando questionamentos a respeito das fronteiras entre casa & corpo e também, entre corpo & mundo. Suas obras abrangem desse modo, um aspecto crítico diante dos conflitos da vida contemporânea. “Variação em Vermelho – O Viajante percorre Territórios Incógnitos” (2006).

Dione Veiga Vieira iniciou carreira como pintora e desenhista no início dos anos ’80. A partir do ano 2000, passa a realizar esculturas com materiais diversos de aspecto orgânico. As instalações posteriores desenvolveram uma analogia casa/corpo concomitantemente à poética da ausência do corpo através do uso de móveis, objetos e fotografias. Na exposição CASA/CORPO, a artista apresenta uma instalação com móveis em cor preta, louças brancas e artefatos metálicos, prosseguindo assim, com as metáforas de ausência assinaladas pelo estranhamento de inusitadas composições.

Luciano Zanette e Gabriela Picoli realizam instalações que utilizam esculturas elaboradas a partir de móveis e intermediadas por imagens fotográficas; obras que possuem referências diretas do corpo e acima de tudo, densas reflexões sobre as relações humanas. Em 1998 fundaram o projeto Comfluência, juntamente com Jerri Rossato Lima, Marcio Quadrado e Simone Bernardes. Luciano Zanette também participa, desde 2002, do coletivo P.O.I.S com os artistas Marcelo Gobatto e Claudia Paim. Na exposição CASA/CORPO, Zanette apresenta a escultura intitulada CASA-TRABALHO construída com madeira e asfalto formando um diálogo misterioso e envolvente junto às fotografias de Gabriela Picoli, imagens que nos lembram de como o corpo é moldável, adaptável e sempre rico de possibilidades.

Laura Cattani e Munir Klamt – Grupo-Ío – apresentam espetáculos multimídias e exposições com uma atmosfera carregada e onírica baseada na biografia de um personagem pinçado nos arquivos da história local: A. Hilzendeger Feltes. Dentro dessa proposta desenvolvida desde 2003, os dois artistas utilizam vários elementos relacionados à imagem da casa, como móveis e roupas do vestuário feminino e masculino, para compor instalações numa fábula visual repleta de reminiscências do corpo.

Marcelo Gobatto, videoartista, professor, produtor e diretor de vídeo desde 1990; integrante do grupo P.O.I.S, juntamente com Luciano Zanette e Claudia Paim. Suas obras elaboram fundamentalmente a questão do tempo. Na exposição CASA/CORPO, Gobatto apresenta uma videoinstalação cuja seqüência de imagens é cuidadosamente concebida para uma atenta fruição do espaço-tempo de uma casa. O foco sobre os vários objetos e móveis vasculham os vestígios da história de um corpo: suas memórias afetivas, suas crenças e hábitos cotidianos. Maria é o nome dessa casa-corpo que, delicadamente, vai se desvelando sob as sensíveis lentes do artista, em um universo pleno de luz. Além de Maria, Gobatto nos apresenta Experimento Corpo um (2008), vídeo em que o artista explora as características arquitetônicas do próprio lugar da exposição investigadas com relação ao seu próprio corpo.
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foto: Juliana lima
acima à direita: frame do vídeo de Marcelo Gobatto
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Encontro com os artistas: 26 de junho a partir das 19h
visitação até 02 de julho de 2008
de segunda a sexta das 8h às 17h30min

6.15.2008

Mostra de Vídeos Bastardos

Na próxima terça-feira, dia 17 de junho vamos exibir a edição dos Vídeos Bastardos de Uberlândia-MG. Após a exibição que tem cerca de 45 minutos, haverá um bate-papo sobre os vídeos.
Vídeos Bastardos é um projeto de circulação de vídeos experimentais produzidos atualmente e provenientes de várias partes do mundo. Iniciado em 2005, foi idealizado em Buenos Aires, por Marina De Caro e Julia Sanchez, posteriormente adquiriu seu formato de rede com a adesão de vários artistas como Claudia Paim de Porto Alegre-Brasil.

A Mostra acontece na base de trocas em forma de rede, de maneira independente e descentralizada. A produção, projeção e distribuição ficam a cargo de cada grupo de artistas de cada cidade. As projeções acontecem em ruas, casas, ateliês, bares, praças, etc. Os países que já participaram: Argentina (Bahia Blanca), Bolívia (Cochabamba), Brasil (Porto Alegre, São Paulo e Londrina), Chile (Concepción e Penco) e Espanha (Valencia e Galicia).

A idéia deste circuito é que se desenvolva em cidades que participem ativamente, ou seja, cidades que o sediem e coloquem seus próprios vídeos em circulação. Portanto a Mostra de Vídeos Bastardos é um projeto descentralizado onde cada participante goza de muito espaço de ação.

Sessão única: terça-feira, 17 junho às 18:30h
Local: auditório da Galeria de Arte do DMAE
Rua 24 de Outubro, 200.
Mais informações: tel.: 32899722 ou
galeriadearte@dmae.prefpoa.com
http://www.videosbastardos.blogspot.com/

6.05.2008

Exposição CASA/CORPO



CASA/CORPO é o desdobramento de uma exposição anterior – Casa Fechada – realizada no início deste ano por um grupo de artistas que utilizaram a imagem da casa como metáfora do corpo. As simbologias da casa engendram uma poética instigante em torno do corpo e têm sido uma constante na produção da arte contemporânea. Seja através de elementos imprescindíveis em um lar, seja pelo aspecto da arquitetura interna e externa, a casa sempre repercute a dimensão humana em seus contextos político-sociais e assim, conseqüentemente reflete o próprio corpo. Porém, não mais limitado em si mesmo. (acima à esquerda, fotografia de Gabriela Picoli, abaixo à direita, CASA/TRABALHO de Luciano Zanette)

Dione Veiga Vieira, Klinger Carvalho, Laura Cattani e Munir Klamt (Grupo-Ío), Marcelo Gobatto, Gabriela Picoli e Luciano Zanette apresentam diferentes abordagens sobre o tema através do uso de diversas linguagens e meios de expressão visual. O resultado é um panorama de obras que apontam para além do próprio corpo, e se expandem nas relações propostas entre corpo individual & corpo coletivo; simbolicamente, entre Casa & Corpo.


Abertura: 10 de junho às 19h.
visitação: 11 de junho a 02 de julho de 2008,
de segunda a sexta, das 8h às 17h30min
Encontro com os Artistas: 26 de junho às19h. .

5.04.2008

Exposição Trajetórias[sete olhares]

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Fotografar implica fazer um recorte de um lugar em um dado momento, reter um fragmento do continuum espaço-tempo, isolar um instante e um ponto de vista e excluir o que está ao redor. Capaz de captar mínimas frações de segundo, a fotografia muitas vezes parece ser um instrumento congelador: como imagens estáticas podem dar conta do movimento?

A exposição Trajetórias[sete olhares] reúne o trabalho de sete artistas que investigam como a fotografia pode captar ou sugerir o movimento. Os trabalhos que Adriana Andricopulo, Ana Ledur, Camila Schenkel, Kátia Costa, Luci Sgorla, Priscilla Zanini e Rafael Johann apresentam nesse projeto se debruçam sobre fluxos, narrativas, e trajetórias, construindo sequências que enfatizam o tempo da imagem e o intervalo que mediam os instantes fotográficos.
Por meio de séries, objetos e livros, estes artistas exploram tanto a capacidade da fotografia de congelar frações de segundo e revelar posições transitórias quanto a de diluir os contornos daquilo que passa rapidamente por suas lentes.


Em Movimentos da Terra, Adriana Andricopulo congela, através da fotografia, uma sequência de imagens em que um mesmo local é registrado repetidamente em diferentes horários e épocas do ano, evidenciando como o trânsito constante do nosso planeta influencia no modo como percebemos a cor, a textura, a profundidade e os detalhes das superfícies.


O movimento do trabalho Foco na Paisagem, de Ana Ledur, provém do deslocamento da própria artista, que constrói uma sequência de imagens a partir do caminho que percorre de um ponto inicial, a fechadura da porta principal de um casarão, até sua inserção no contexto maior da paisagem.




Em Percurso, Luci Sgorla registra o modo como enxerga através da janela do ônibus em movimento, a paisagem durante suas freqüentes viagens entre Porto Alegre e Esmeralda-RS, congelando os instantes dessa aceleração vertiginosa para apreender esse estado passageiro.




Separada das pessoas que observa por uma cortina d'água
que escorre ininterruptamente, Camila Schenkel registra em Travessia a passagem de transeuntes em diferentes tipos de espaços urbanos. Sua fotografia luta para captar, de alguma maneira, as breves aparições humanas que rapidamente se
liquefazem, aproximando-se da linguagem pictórica.






Em [Move], Kátia Costa organiza sequências
de movimentos tanto de cenas descontraídas do cotidiano quanto de cenas dirigidas, com o objetivo de formar narrativas que ilustram em ondas e linhas a passagem de corpos no tempo e no espaço.




Na série Janela Ausente, Priscilla Zanini investiga até que ponto janelas de apartamentos podem revelar para a rua fragmentos do cotidiano e a intimidade dos seus habitantes. Num jogo entre claro e
escuro, visível e invisível que as fachadas de prédios residenciais oferecem à noite, Priscilla cria uma narrativa nebulosa e labiríntica na qual vestígios podem ser resgatados pelo trajeto pessoal de cada espectador.





Rafael Johann em sua série Trajetos apresenta imagens obtidas durante seu deslocamento dentro de cidades brasileiras. Usando o que ele chama de Pinlux, uma câmera pinrole construída a partir de uma caixa de fósforos, Rafael registra personagens e cenas destas viagens e, ao invés de congelar uma fração de segundo do trajeto, constrói uma imagem lentamente, acumulando camadas de tempo e diferentes etapas de um movimento: o do fotógrafo que viaja, o dos personagens e seus itinerários e o da própria câmera.

Encontro com os artistas, 19 de maio















abertura: 06 de maio às 19h. visitação: de 06 de maio a 30 de maio de 2008.
Encontro com os artistas:19 de maio às 19h.


com mediação de Marcelo Gobatto - Artista plástico, professor, doutorando da UFRGS, produtor e diretor de vídeo. Divide junto com Juliano Ambrosini o núcleo de produção audiovisual e atelier de vídeo LABORATÓRIO EXPERIMENTAL.

4.23.2008

Exposição

O Cotidiano do Ovo de Codorna
















4.01.2008











frame do vídeo O Cotidiano do Ovo de Codorna, de Lia Letícia

De volta à Porto Alegre, Lia Letícia,
artista gaúcha que residiu em Olinda nos últimos 10 anos,
iniciou sua carreira em fins da década de 90,
participando de diversos salões e exposições.
Em O Cotidiano do Ovo de Codorna,
Lia condensa alguns aspectos de sua produção: fotos,
vídeos e instalação, ocupando a galeria e criando um ambiente familiar e aconchegante, de forma a romper com os padrões formais
recorrentes em eventos ligados à arte.

abertura: 03 de Abril, quinta-feira, a partir das 19h
visitação: de 04 a 25 de Abril,
das 8h às 17h30min

3.25.2008

Exibição de vídeo no encerramento da mostra Desenho no Plural

Exposição coletiva encerra nesta
quarta-feira, 26 de março,

com exibição do vídeo Fluxos no Jardim
do artista James Zortéa a partir das 19h.

3.24.2008

Desenho de Carlos Asp



desenho a carvão para a exposição Desenho no Plural

3.13.2008

Exposição Desenho no Plural


Quem de nós nunca recorreu ao desenho para expressar uma idéia, ou até mesmo para localizar-se na cidade? O desenho, que surge como a primeira forma gráfica de expressão do pensamento, ao longo de sua história, adere novos meios e formas. Desenho é linguagem, pensamento, ação. Às vezes, ele flui num único golpe. Tão logo nasce como pensamento, escorre pelas veias, vertendo pela caneta em direção à superfície marcada. Feito de linhas ou pontos deslocados, o desenho registra o atrito do corpo com a superfície, marca um percurso, onde a linha é o limite que poderá ainda borrar-se. Inscrita ou projetada, a linha diferencia campos, organiza o espaço e as idéias. O desenho revela pela sombra por pertencer ao mundo das projeções. Nele lançamos nossos espíritos e também gravamos nossas memórias. Para tanto, é preciso criar estratégias e métodos. No meio do caminho, alguns projéteis são lançados e outros perdidos. Com a linha nas mãos, Nathália García projeta/instala sua teia planificada sobre a galeria. Através de monotipias, Letícia Costa Gomes convida-nos a caminhar com os olhos em seus labirintos. Tchello d'Barros captura linhas imaginárias nas superfícies de contato do corpo. Gerson Reichert apodera-se de um convite para lançar palavras, encobrir superfícies e deslocar sentidos. Carlos Asp explora chão e parede, ao grafar a carvão corpos circulares rumo ao sem-fim. Nina Moraes faz do desenho trepadeira, de onde nascem os seus personagens. James Zortéa sobrepõe planos e projeta sombras de um jardim animado no espaço subterrâneo do DMAE.

Lilian Maus
Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes, UFRGS.

obra acima à esquerda: (detalhe )O Fio da Entre[Meada], de Letícia Costa Gomes; à direita, desenho de Carlos Asp; abaixo, instalação de Nathália García








Tchello d'barros






















Nina Moraes


Gerson Reichert


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Fluxos no Jardim, de James Zortéa

3.02.2008
























Abertura: 4 de março às 19h
Encerramento: 26 de março de 2008.
Visitação: de segunda a sexta, das 8h às 17h30min
Local: Galeria de Arte do DMAE – R. 24 de Outubro, 200.
Mais informações: tel.: 32899722 ou galeriadearte@dmae.prefpoa.com




3.01.2008

Exposições 2007

A Galeria Virtual de Arte do DMAE é um projeto em construção, um espaço aberto a todos aqueles que queiram interagir e colaborar com conteúdo escrito ou visual sobre arte contemporânea. Pretende divulgar as exposições em andamento e ações afins correntes em seus espaços físicos junto a textos que complementarão a fruição do público interessado.
Desde 2002 a ocupação da Galeria se dá através de edital público, quando uma comissão de profissionais do ramo avalia e seleciona os projetos. Anualmente, sempre no mês de outubro, é a vez dos funcionários da casa mostrarem seus talentos na tradicional Mostra Coletiva de Arte dos Funcionários do DMAE.

Exposições coletivas e individuais fizeram parte deste espaço no ano de 2007, um calendário marcado por projetos como o Percursos, de Romy Pocztaruk e Marina Camargo. O projeto teve como proposta a produção de um cartografia particular da cidade de Porto Alegre, realizada por diversos artistas em múltiplas atuações, estabelecendo novos diálogos no movimento contínuo do dia-a-dia. Entre outras ações, o projeto contou com a projeção do vídeo de Cláudia Paim(Contemplação) e a performance Variação nº1: estados corpóreos-corpo, imagem e música, com Marcelo Gobatto, Juliano Ambrosini, Luciane Coccaro, Fábio Mentz e Mirco Zanini.(http://www.percursos.com.br/)















Exposição Percursos





Várias mostras fotográficas
se destacaram no ano passado,
como Sonho Lúcido de Rafael Johann,
resgatando a técnica pinrole desdobrada pelo
artista na busca de novas possibilidades. Ricardo Mello se apropriou de cenas cinematográficas para formar uma extensa série de imagens intitulada Arquivamento, rompendo com suas narrativas lineares. Já na mostra Inquietações, as artistas Rosana Almendares e Márcia Rosa operaram imagens resultantes de fotografia e de vídeo tratando do humano e sua fragilidade.
Olhe por onde você anda: calçada de Porto Alegre, de Airton Cattani apresentou registros fotográficos da diversidade de padrões, cores e texturas das calçadas da cidade. Além da exposição o projeto contou com o lançamento de um livro das imagens na íntegra junto a textos de Sandra Jatahy e Armindo Trevisan.













acima à esq.:Rosana Almendares e Márcia Rosa; Intervenção de Romy Pocztaruk; Exposição Ardecidade; abaixo: Rafael Johann




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Ardecidade










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Calçadas de Porto Alegre




Simultaneamente à exposição de Cattani na Galeria, podia-se assistir a vídeos na 3ª edição do projeto Videoarte nos Jardins do DMAE. A iniciativa é da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia/SMC, e teve a produção de Bernardo José de Souza. Do artista alemão Julian Rosefeldt, os vídeos Asylum, e Lonely Planet, colocaram em pauta as disparidades sociais e culturais no mundo globalizado. Além dos vídeos de Rosefeldt foram projetados outros dois filmes em 16mm: Piknik, de Luiz Roque e Mariana Xavier, com produção de Jaqueline Beltrame e Treinamento, do videomaker Luiz Roque.












Piknik, de Luiz Roque e Mariana Xavier
foto: Rochele Zandavalli







Lonely Planet, Julian Rosefeldt



A coletiva Ardecidade: uma oncologia urbana também marcou o espaço com performances de Daniel Mateus e Rodrigo Uriartt, além de instalações da artista Sol Casal e fotografias e vídeos de Camila Schenkel e Artur Costa.(http://www.flickr.com/photos/ruriak/sets/72157601038649202/detail/). E pra fechar o ano, a artista Míriam Porciúncula propôs em sua instalação (In)contido, a reflexão sobre a inconstância da matéria através dos estados da água em permanente transformação.


























Projeção: Variação nº 1: estados corpóreos - corpo, imagem e música
fotos: Lu Menna Barreto
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