
Quem de nós nunca recorreu ao desenho para expressar uma idéia, ou até mesmo para localizar-se na cidade? O desenho, que surge como a primeira forma gráfica de expressão do pensamento, ao longo de sua história, adere novos meios e formas. Desenho é linguagem, pensamento, ação. Às vezes, ele flui num único golpe. Tão logo nasce como pensamento, escorre pelas veias, vertendo pela caneta em direção à superfície marcada. Feito de linhas ou pontos deslocados, o desenho registra o atrito do corpo com a superfície, marca um percurso, onde a linha é o limite que poderá ainda borrar-se. Inscrita ou projetada, a linha diferencia campos, organiza o espaço e as idéias. O desenho revela pela sombra por pertencer ao mundo das projeções. Nele lançamos nossos espíritos e também gravamos nossas memórias. Para tanto, é preciso criar estratégias e métodos. No meio do caminho, alguns projéteis são lançados e outros perdidos.

Lilian Maus
Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes, UFRGS.
obra acima à esquerda: (detalhe )O Fio da Entre[Meada], de Letícia Costa Gomes; à direita, desenho de Carlos Asp; abaixo, instalação de Nathália García

Nina Moraes
Gerson Reichert
. Fluxos no Jardim, de James Zortéa
4 comentários:
As fotos estão ótimas, Juliana.
Muito boas mesmo. Muito interessante
a sobra projetada do trabalho do Gerson e logo ao fundo os campos do Asp. Parece que tudo converge nela, uma espécie de buraco.
Ridículo o uso de uma imagem religiosa para uma obra profana. Certamente o pretenso artista não gostaria de ver seu pai e sua mãe tratados com desrespeito... E podem começar os inquisidores de plantão a perseguir a religião alegando contra ela exatamente o que fazem ao inverso.
Parabéns pela produção Juliana, no blog uma mostra da linda exposição da qual és curadora!
Gostei muito da produção,
Parabéns!!!
Descobri agora o blog e a exposição, achei D+++
Valeu.
Flávio Silva
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